
Final de ano é uma época interessante onde somos induzidos a uma série de comportamentos. Entretanto quero destacar apenas alguns deles. O primeiro é o consumismo brutal. É como se eu fosse um verdadeiro fracassado se não adquirir o produto do comercial.
Outro comportamento é o reflexivo. Muitas pessoas analisam o ano que se foi e traçam metas para o novo ano que começa. É bonito, porém pouco eficaz. Quantas dessas listas são de fato realizadas ao longo do ano?
O último comportamento que gostaria de destacar é, na minha concepção, o mais sem sentido de todos eles. Refiro-me a grande solidariedade que invade o universo neste período.
Desejar a paz não basta, é preciso fazê-la acontecer! Pra se ter esperança é necessário ser esperança!
Sucesso??? Quem disse que sucesso tem a ver somente com realizações pessoais? Sem falar de prosperidade... Desde quando prosperidade esta restrita a bens materiais?
E outra, pra que esse discurso bonito e pomposo, se no decorrer do ano vamos tentar destruir sem pudor nem piedade todo aquele que se opor aos nossos interesses pessoais?
Me assusta o fato de que muita gente prefere a ilusão. Nos escondemos por detrás de nosso misticismo supersticioso e muitas vezes religioso, afim de garantir um novo ano abençoado e cheio de realizações.
Por que não somos sinceros conosco mesmo? Não compete a Deus, Iemanjá, Maomé, Buda, ou qualquer outra suposta divindade, cumprir a parte que cabe a humanidade.
Proponho um “novo” paradigma para o ano novo: ao invés de ficarmos desejando paz, prosperidade, sucesso, felicidade, esperança... Por que não promovemos tudo isso?
Que tal desmistificar as coisas e tentar materializar um pouco dessa utopia de um mundo melhor que tanto queremos?
Fica a sugestão.
Abraços.