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sábado, 1 de janeiro de 2011

Ano novo, um novo paradigma


Final de ano é uma época interessante onde somos induzidos a uma série de comportamentos. Entretanto quero destacar apenas alguns deles. O primeiro é o consumismo brutal. É como se eu fosse um verdadeiro fracassado se não adquirir o produto do comercial.


Outro comportamento é o reflexivo. Muitas pessoas analisam o ano que se foi e traçam metas para o novo ano que começa. É bonito, porém pouco eficaz. Quantas dessas listas são de fato realizadas ao longo do ano?

O último comportamento que gostaria de destacar é, na minha concepção, o mais sem sentido de todos eles. Refiro-me a grande solidariedade que invade o universo neste período.

Desejar a paz não basta, é preciso fazê-la acontecer! Pra se ter esperança é necessário ser esperança!

Sucesso??? Quem disse que sucesso tem a ver somente com realizações pessoais? Sem falar de prosperidade... Desde quando prosperidade esta restrita a bens materiais?


E outra, pra que esse discurso bonito e pomposo, se no decorrer do ano vamos tentar destruir sem pudor nem piedade todo aquele que se opor aos nossos interesses pessoais?


Me assusta o fato de que muita gente prefere a ilusão. Nos escondemos por detrás de nosso misticismo supersticioso e muitas vezes religioso, afim de garantir um novo ano abençoado e cheio de realizações.


Por que não somos sinceros conosco mesmo? Não compete a Deus, Iemanjá, Maomé, Buda, ou qualquer outra suposta divindade, cumprir a parte que cabe a humanidade.


Proponho um “novo” paradigma para o ano novo: ao invés de ficarmos desejando paz, prosperidade, sucesso, felicidade, esperança... Por que não promovemos tudo isso?


Que tal desmistificar as coisas e tentar materializar um pouco dessa utopia de um mundo melhor que tanto queremos?


Fica a sugestão.

Abraços.