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domingo, 31 de maio de 2009

Viúva Negra (parte V)


E assim, convencidos de que no céu só entram os merecedores (como se o céu fosse um tipo de medalha de honra ao mérito dos crentes), assassinamos nossos sonhos, projetos, chamados, vocações, família, amigos “não-gospel”, e por fim, nos suicidamos, para que viva em nós a religião pagã, ops... cristã.

E lá vai o povo de joelhos em mais um apelo, suplicando misericórdia perante o deus furioso que ensinam em alguns púlpitos. Não pregam a graça, porque a graça cancela o poder manipulador da culpa. Não pregam o amor incondicional de Deus, porque ele liberta de todo medo controlador.

A religião mata! Seja livre pela graça e o amor incondicional Daquele que É!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Viuva Negra (parte IV)

Quanto mais você pensa por si, mais carnal é, afinal de contas, crente tem que viver pela fé!

A religiosidade se coloca como porta voz de Deus, e assim é inquestionável e todos a devem obediência. Não há respeito, e sim medo, não há perdão e sim culpa.

Ela te convence a pensar que o teu chamado é o que mais convém a instituição religiosa e não o que de fato Deus te chamou. Ela ensina que se não cumprirmos suas regras a risca, somos rebeldes, filhos bastardos, malditos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Víuva - negra (parte III)

Sinceridade e religiosidade rimam, mas jamais convivem juntas. É impossível!

Não tem dialogo com a religiosidade, ela se impõe. Não tolera nada além de sua vontade sendo cumprida cega e irrestritamente. Claro que as coisas não se apresentam de forma bruta, tudo é mostrado da maneira mais “bíblica” possível.

A principio, muitos não conseguem se enquadrar no que ouvem, mas com o tempo se flagelam para se tornarem partes do grupo, membros do corpo, que é morto, mas não deixa de ser corpo.
O que vale não é o que você é, mas sim o que tem a oferecer, em outras palavras, você vale o que produz.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Viuva - Negra (parte II)

Travestida da maneira mais convincente e conveniente possível, contra toda suspeita, cheia da unção de Deus... Com vocês, a pregadora do culto de hoje: a RELIGIOSIDADE!

A religiosidade é bonitinha, cheirosinha, fofinha, santinha, é a rainha das aparências.
Desde sempre ela sussurra aos nossos ouvidos que não somos aceitos a não ser que entreguemos tudo e mais um pouco de nós mesmos para aplacar a fúria da divindade, que, diga-se de passagem, esta sempre de mau humor, é sádica, distante, fria, calculista, vingativa, necessita sempre de elogios por ter problemas de auto estima, enfim, perfeitamente descrita na imagem de um dos carros alegóricos da escola de samba Porto da Pedra: o barbudão com cara de poucos amigos.

Crescemos ouvindo tudo o que não podemos fazer, sabemos decor todas as proibições que cabem ao que chamam de vida cristã. Mas por que? Por que é proibido? Por que não pode?

A inflexibilidade da lei sufoca todas as explicações.

domingo, 10 de maio de 2009

Viúva - Negra (parte I)

Por todos os púlpitos do país - e por quê não dizer do mundo? – de domingo a domingo, pregadores exercem suas habilidades na arte de expor a Palavra de Deus às pessoas. Mas dentre tantos anônimos e famosos, destaca-se uma personalidade.

Vamos conversar um pouco sobre essa indesejada convidada, que é praticamente onipresente nas igrejas por aí. Ela se apresenta como manda o figurino: usa a sua melhor roupa em nome da excelência, mas também é descontraída quando trata-se de lugares menos formais, é capaz de usar piercings e tatuagens para atrair undergrounds, ou roupas simples para se identificar com os pobres.

Sem um rosto específico... Qual será seu nome?

domingo, 3 de maio de 2009

Quebra-cabeça


Até a poucos dias atras pensava que Deus era aquele que me completava, ou seja, sem o Divino sou um homem incompleto e, nada do que o mundo me oferece, preenche a ausencia Dele.

Mas parei para refletir neste conceito e percebi que isso é pouco.

O que quero dizer é que Deus não é aquele que "simplesmente" me completa, mas sim Aquele que me faz ser. Minha existencia só é possível porque Ele É!

O folego de vida soprado pelo próprio Criador nas narinas do primeiro humano, não somente o completou, mas o trouxe a existencia. Portanto concluo que Deus é o que me faz ser, e também, quem me faz ser.

Deus não é apenas a peça que faltava para o meu quebra-cabeça. Ele é o criador, a razão e o sentido da existencia do quebra-cabeça que sou.