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domingo, 30 de novembro de 2008

ILUSIONISTAS DA FÉ




O relógio marca 1:30 da manhã, e aqui estou eu zapeando os canais da televisão em busca de alguma coisa interessante pra ver. A essa altura corro o risco de deparar com algum tipo de pornografia, tenho que tomar cuidado. Mas quando menos espero, me deparo com algo pior. Sim, algo pior! O que seria mais nojento e perigoso do que pornografia?
A pornografia é descarada, é errada e nem disfarça. Ta na cara que é pecado!

Perigoso mesmo são as coisas que se parecem com verdade, dizem ser verdade, são ensinadas como verdade, no entanto não são verdade.
Como um tipo de epidemia, assisto pasmo, a canais diversos com uma programação bem parecida: um suposto pregador, pregando suas proezas pessoais, para uma platéia que daria seus órgãos internos para alcançar a benção desejada.

Algumas vezes, também é possível ouvi-los falar sobre prosperidade, cura, prosperidade, libertação, prosperidade, bênçãos e por último, mas não menos importante, prosperidade.

Outra coisa muito peculiar de se ver são os encerramentos dos programas em questão. Parece combinado entre eles. Números de telefones aparecem na tela, olhares iguais ao do gato do Sherek, e um mesmo pedido, a saber, grana. Sim, eles precisam das nossas ofertas para continuarem nos abençoando com seus programas televisivos. Então para honra e glória de algum deus, nós temos que ofertar à eles.

Mas o que há de errado afinal? Deus não quer que sejamos curados, libertos, prósperos e abençoados? A Bíblia não fala sobre essas coisas?
Sim, mas não só sobre essas coisas. A verdade não pode ser incompleta.

Alguns pontos importantes para refletirmos:

1) Marcos 16:17,18 – “Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados”.

Primeira coisa para se pensar é que se você é crente, nascido de novo, este texto é pra você!

Nós, cristãos, nascidos de novo, não precisamos correr atrás dos sinais. Os sinais que correm atrás da gente, eles que nos acompanham.

2) Mateus 7:21,22 – “Nem todo aquele que me diz: ’Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aqueles que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: “Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal”!

Muita gente faz muita coisa, fala muita coisa e impressiona. Biblicamente isso não significa nada!

O versículo 16a fala “Vocês os reconhecerão por seus frutos”. Como já vimos anteriormente, frutos tem a ver com caráter.

Lata vazia faz muito barulho, de nada vale maravilhas se não existe caráter. Não se deixe enganar pelas aparências.

3) Isaías 58:6–9a – “O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a gloria do Senhor estará na sua retaguarda. Aí sim, você clamará ao Senhor e ele responderá; você gritará por socorro, e Ele dirá: Aqui estou”.


Você quer ser curado? Você quer ser socorrido pelo Senhor? Então pratique o verdadeiro jejum.

Somos curados à medida que soltamos as correntes da injustiça, desatamos as cordas do jugo, colocamos em liberdade os oprimidos, partilhamos nossa comida com o faminto, abrigamos o pobre desamparado, vestimos o nu e ajudamos o próximo.

A Verdade bíblica é clara e simples: todos somos iguais no Reino de Deus, você não precisa de fulano ou siclano para ser curado. Os sinais acompanham os que crêem!
Por outro lado, milagres não simbolizam caráter. Caráter é mais importante que a realização de maravilhas.
E somos curados quando paramos de olhar para nosso próprio umbigo e nos tornamos o milagre para os necessitados.

Como diz o pastor Macio Valadão, ‘nós não tropeçamos em montanhas, mas sim nas pequenas pedras’. Quando abrimos mão de “detalhes” fundamentais em prol dos resultados, perdemos a essência do cristianismo. Um pouco de fermento leveda toda massa.

Vivemos na era dos mega templos, dos grandes palcos, das multidões, dos ilusionistas da fé, que são os donos do espetáculo. Época em que a simplicidade das crianças não é mais bem vinda.

Mas para onde estamos indo? Aonde iremos chegar? Jesus anunciava as boas novas dessa forma?

O cristianismo não é circo, não há lugar para palhaços.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Payable On Death

Seria insanidade da minha parte não escrever sobre os dois melhors shows da minha vida, até então. Me refiro aos shows que o P.O.D. realizou aqui em SP nos dias 22 e 25/11/08. EU FUI!!!! Só quem foi pode falar da sensação maravilhosa que é ver o P.O.D. ao vivo, tocando na tua frente! OH, MY GOD!
Aproveitando a oportunidade, postei um video e a letra de uma música dos caras. A música é muito boa e a letra melhor ainda, vale a pena parar para refletir na mensagem.


Tell Me Why (Diga-me Porque) - P.O.D.

Um dia sem glória
Um coração cheio de medo
Repetindo a história dele para nos purificar
Uma voz não é ouvida quando é gritada das montanhas
Seu rei dentro do castelo nunca morreu nesses campos
Há sangue em suas mãos, um sorriso em seu rosto
Com más intenções e dinheiro para ser ganho
Um quarto sem janelas e um coração insensível
Vergonha sem convicções e uma visão de um assassinato

Me diga por que, por que devemos lutar?
Por que devemos matar pelo que achamos que é certo?
E não mais.
Sem mais guerras.
Como você poderia saber?

O ódio em seus olhos
As mentiras em sua língua
A mão que mata o inocente, tão rápida à fazer o mal
De barriga cheia enquanto lutamos pelo que sobra
O rico fica mais rico e os pobres viram escravos
Matamos nossos próprios irmãos, a verdade nunca é dita
Se vitória é liberdade, enquanto a verdade nunca é dita
Renda seus soldados como todos fazem
Se o Amor é a minha religião, não fale em meu nome

Por favor, me diga por que,
Porque devemos matar pelo que achamos que é certo?
E não mais.
Sem mais guerras.
Como você poderia saber?

Eu vivo esta vida contando mentiras
Como eu morreria pelo que eu acho que é certo?
E não mais
Ó, Senhor!Pois como sabemos?
Como sabemos?

domingo, 23 de novembro de 2008

GERAÇÃO DE JOÃO BATISTA

É tão bom quando recebemos palavras de benção, palavras que nos impulsionam. Gostamos de ser chamados de geração eleita, povo santo e escolhido por Deus, sacerdócio real, nação santa. E isso deve nos alegrar mesmo, porque é a mais pura verdade. Não por mérito humano, mas por causa de Cristo podemos receber todas essas bênçãos.
Recentemente ouvi algo sobre sermos a geração de João Batista e parei pra refletir sobre o assunto.
Um pouco do ministério de João Batista esta descrito em Lucas 3:3-6.
3 Ele percorreu toda a região próxima ao Jordão, pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados.
4 Como está escrito no livro das palavras de Isaías, o profeta: "Voz do que clama no deserto: 'Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele.
5 Todo vale será aterrado e todas as montanhas e colinas, niveladas. As estradas tortuosas serão endireitadas e os caminhos acidentados, aplanados.
6 E toda a humanidade verá a salvação de Deus' "

João preparou o caminho para Jesus, ele foi o cara que Deus usou com o objetivo de despertar o povo para a vinda do Messias. A função de João era levar as pessoas ao batismo de arrependimento e a abrirem o coração para Cristo. Tanto o privilégio quanto a responsabilidade eram enormes na missão de João Batista.
Se somos a geração de João Batista, então temos um propósito, uma vocação, um chamado, um ministério em comum. Note: além desse chamamento universal, temos também um chamamento individual, agora, porém, falaremos do universal.
É nosso privilégio e responsabilidade sim, pregar o batismo de arrependimento e preparar as pessoas para a 2ª vinda do Messias.
Só que o ministério de João não parava por aí.

Lucas 3:10-14
10 "O que devemos fazer então?", perguntavam as multidões.
11 João respondia: "Quem tem duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo".
12 Alguns publicanos também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: "Mestre, o que devemos fazer?"
13 Ele respondeu: "Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado".
14 Então alguns soldados lhe perguntaram: "E nós, o que devemos fazer?" Ele respondeu: "Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário".

O ministério profético de João Batista era consultado por três diferentes classes de pessoas que estavam em busca de direção: as multidões, os publicanos e os soldados.
A grosso modo as multidões são as pessoas em geral, gente comum, os publicanos são os homens que lidam com a parte financeira, e os soldados representam as autoridades civis e militares.
Vemos três categorias distintas de pessoas procurarem o profeta em busca de respostas.
Se somos a geração de João Batista, precisamos ter respostas. Mas como teremos respostas se não sabemos nem o que estão perguntando?
Nossos ouvidos ignoram o mundo. Estamos respondendo perguntas que não estão mais sendo feitas.


Numa busca legitima por santidade, acabamos por nos isolar dos pecadores necessitados do toque divino. Onde esta então a geração de João Batista?
Ouvimos tão bem quanto aconselhamos. A maioria dos crentes não sabe ouvir as pessoas. Afinal de contas, somos a boca de Deus na terra, então não podemos perder tempo ouvindo meros seres humanos, miseráveis e pecadores, não é mesmo?
João sabia as perguntas que estavam sendo feitas porque ele ouvia. Por outro lado, ele não dava respostas prontas, não fazia uso de jargões. Sua resposta era completamente significativa e relevante para o tipo de pessoa que o estava procurando. Embora a pergunta fosse a mesma, a resposta não era a mesma. Isso mostra, no mínimo, respeito a unicidade de cada pessoa.
A igreja de Cristo tem sido consultada pelas diferentes classes presentes no mundo? O mundo esta buscando respostas em nós?
Que impacto nossa pregação esta causando na sociedade?
Somos a geração de João Batista? Amém! Somos! Temos cumprido nosso chamado? Responda-me você...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O mundo morre enquanto eu durmo

Este é Rodrigo, ele era um dos caras que curtiam nosso som e ia em alguns shows. Estivemos com ele recentemente no aniversário do Michel (vocal do Bacteriology). Na última terça-feira (18/11/08), ele pulou do 4º andar da galeria do rock. Estamos de luto!

Acabou minha paciência para o cristianismo umbiguista!

Eae, ta gostosa a sonequinha? Estou postando uma música nova que descreve muito bem essa situação.


O mundo morre enquanto eu durmo
letra: Bicudo e Josué
música: Bicudo

Olho ao redor vejo o mundo como esta,
Além de mim existe vida.
São crianças famintas, jovens drogados,
Mulheres usadas, idosos abandonados.
Finjo não ver, finjo não ouvir,
Finjo não saber, só sei fingir.

O mundo morre enquanto eu durmo!
Enquanto eu durmo o mundo morre!

Não há tempo pra ouvir, não há tempo pra abraçar
Não há tempo pra sentir, não há tempo pra ajudar.
A vida é curta demais, eu tenho que curtir.
Pra que me importar se meu lugar não é aqui?
De olhos vendados me vejo, de ouvidos fechados me escuto.
Afinal meu valor é maior do que o do resto do mundo.

O mundo morre enquanto eu durmo!
Enquanto eu durmo o mundo morre!
O mundo morre enquanto eu durmo!
Enquanto eu durmo o mundo morre!
O mundo morre enquanto eu durmo!
(Pra que estender a mão se o mundo gira em torno de mim?)
Enquanto eu durmo o mundo morre!
(Pra que vou me importar, se sou feliz assim?)

Eu preciso acordar!

domingo, 16 de novembro de 2008

THE SIMS CHURCH

Segundo a Wikipedia, uma enciclopédia virtual, The Sims é:
Um jogo de simulação de vida, criado pelo designer de Jogos Will Wright e distribuído pela Maxis. Com o lançamento inicial em Fevereiro de 2000. É um jogo onde se podem criar e controlar as vidas de pessoas virtuais (chamadas pelo sobrenome Sims). O jogo atraiu legiões de fãs, devido a sua simplicidade e objetividade. Hoje em dia, existem plataformas de The Sims para PC, Celular, Nintendo DS, Playstation 2 e outros.

Não sei quantos já tiveram a oportunidade de jogar esse jogo. Eu já tive.
Embora sejam virtuais, é impressionante a sensação de poder controlar vidas, histórias e destinos. É como se brincássemos de Deus. E quem nunca quis ser Deus? Até um anjo uma vez já quis.
Sabe o que eu descobri? Lançaram um pacote de expansão do The Sims completamente inédito! Chama-se “The Sims Church”. Mas ele é muito mais avançado e profundo do que os pacotes anteriores, porque ele é ‘jogado’ na vida real, não é um mero simulador.
Esse pacote de expansão foi rapidamente adotado e divulgado por parte das instituições eclesiásticas. Outra parte das mesmas instituições, por sanidade mental e temor ao Senhor, não adotou tal pacote.
Vamos entender melhor o The Sims Church e sua jogabilidade.
Para iniciar o jogo, você precisa aprender um vocabulário próprio e alguns comportamentos que são obrigatórios, por exemplo: querer saber da vida de todo mundo pra poder interceder, usar muitas frases prontas e jargões evangelicalóides, e manter a imagem, afinal de contas ela vale muito mais do que o que você é por dentro.
O jogo só ira reconhecer tua existência na base do status, portanto sua busca primordial são os títulos e cargos. A partir do momento que sua existência é reconhecida, é necessário mantê-la, e para isso o jogador precisa de influencia e produção. Os demais participantes são fundamentais nessa etapa. As pessoas valem o quanto podem oferecer para que você se de bem no jogo. Use-as à vontade, porque elas de nada valem se não produzirem resultados do teu interesse.
Se algumas pessoas apresentarem problemas tais como inteligência própria, questionamento, sentimento cristão genuíno, vontade de sair das quatro paredes, utilize algumas ferramentas de proteção disponíveis. Exemplos:
Culpa: faça-as sentirem-se culpadas por não se adequarem as suas idéias. A forma mais eficaz de manipulação é através da culpa, portanto desfrute-a bem e com excelência.
Espiritualizar: Use textos bíblicos fora do contexto a fim de servirem para a situação vivenciada; coloque Deus onde seja mais conveniente; faça uso de frases do tipo “não toque no ungido do Senhor”, e outras que te coloquem no patamar digno dos títulos e status conquistados inicialmente.
Dificilmente os problemas persistirão, mas caso isso ocorra, delete a pessoa antes que outros utilitários sejam corrompidos por ela.
Depois de determinadas conquistas, o jogo apresenta um outro objetivo chamado “Enriquecimento e construção de mega-templo”. Nesta hora é essencial que o jogador principal tenha o controle absoluto sobre os demais, pois ele precisará tomar decisões extremamente importantes.
Outro fator fundamental para o sucesso nessa etapa é as opções “sustento missionário” e “investimento em pessoas’ serem desabilitadas. Feito isso, é só administrar o sucesso.

IMPORTANTE: Mantenha todos os participantes dependentes de você. Em hipótese alguma permita-os conhecerem a VERDADE, pois ela liberta. E se as pessoas se tornarem livres... O JOGO ACABOU!
Boa sorte e bom divertimento.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

No reino de Deus o serviço não é um degrau para a grandeza; ele é a grandeza – o único tipo de grandeza que é reconhecido”.
T. W. Mason, The Church’s Ministry (Hodder & Stoughton, 1948), p.27.


“A sedução pelo poder pode separar o mais decidido dos cristãos da verdadeira natureza da liderança cristã, que é servir aos outros. É difícil colocar-se num pedestal e lavar os pés de quem está embaixo. Nada distingue mais os reinos do homem do reino de Deus do que as suas visões diametralmente opostas quanto ao exercício do poder. Uma procura controlar as pessoas, o outro busca servir a elas; um promove o ego, o outro abate o ego; um busca prestígio e posição, o outro eleva o humilde e o desprezado”.
Charles W. Colson, Kingdoms in Conflict: An Insider’s View of Politics, Power and Pulpit (Morrow-Zondervan, 1987), p. 272


"como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".
Jesus Cristo (Mateus 20:28)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

FRUTIFICAR = GANHAR ALMAS?

Não é raro ouvirmos o clero falando sobre o fato de que devemos dar frutos, devemos trazer pessoas para Jesus (embora, até onde eu saiba nosso chamado é o ide e não o vinde), nossas células precisam dar frutos, nós precisamos dar frutos... e por aí vai. Sermões sobre esse tema são ministrados, estudos de célula são preparados afim de fortalecer esse ensino, horas de discipulado são investidas para que alguém consiga dar o tão desejado fruto. Mas eu me pergunto: - Que bendito fruto é esse?
A Bíblia Sagrada nos fala bastante sobre o assunto, vejamos o que ela tem a nos ensinar.
2 Co. 9:10 – “Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhes suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça”.
Fl. 1:9-11 – “Esta é a minha oração: Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”.
Mt. 3:8 – “Dêem fruto que mostre o arrependimento”!
João 15:1-17 fala mais sobre frutos. Vamos nos ater a alguns versículos apenas.
v.5 – “Eu sou a videira; vocês os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.”.
v.8 – “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muitos frutos; e assim serão meus discípulos”.
v.16 e 17 – Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros”.

Interessante... Onde esta a relação entre dar fruto e ganhar ‘almas’? Parece que biblicamente não existe esta relação. Ou seja, dar frutos agora é parte dos jargões bonitos, porém sem bases que utilizamos no nosso espiritualóide crentês vazio e hipócrita.
Todos os textos mostram com clareza que a palavra fruto esta ligada diretamente a caráter, a ação. Em João 15, vemos implicitamente, que o fruto que Deus espera de nós é a obediência a seu mandamento, e o seu mandamento é que amemos ao próximo. O fruto é o amor.
Mas pelo visto não estamos interessados em falar de caráter, de qualidade, mas sim de quantidade. Demos à palavra fruto e ao verbo frutificar um significado mais conveniente aos nossos interesses. E como somos bons cristãos, enlatamos Deus e a Bíblia para se adequarem as nossas mentiras, e assim elas se tornam espiritualmente aceitáveis por um povo que não sabe pensar, e que diz amém para tudo que dizem em nome de Deus.
Gl. 5:22 e 23 – “Mas o fruto do Espírito é amor, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”.
O mundo esta faminto, clamando por algo que o preencha!
As pessoas ao nosso redor estão famintas! E do que elas têm fome?
É fome de paz, é fome de amor. O mundo tem fome de justiça, de bondade, de amabilidade. A humanidade clama por tudo isso!
E segundo as escrituras, essas coisas são os nossos verdadeiros frutos! Esses são os frutos que devemos dar, ou melhor dizendo, já deveríamos estar dando. Porém se existe carência de amor, de paz, de domínio próprio, de mansidão, de amabilidade, de bondade, de fidelidade, de paciência no mundo em que vivemos e na vida das pessoas ao nosso redor, a culpa é NOSSA!
Você e eu temos tantos relatórios para preencher, tantas metas a alcançar, tantas programações, tantos eventos, tantos “frutos humanos” para dar, que não estamos dando o fruto que interessa para Deus. Alias, o interesse de Deus que se adéqüe a nossa agenda, afinal de contas é para isso que Ele serve, né? Para abençoar aquilo que fazemos. Enfim...
Estamos mais preocupados em manter a fachada do que em mudar nosso coração.
Só os super-crentes espiritualóides sobrevivem! Os fracos, oprimidos e pecadores, não! Mal sabia Darwin que uma de suas leis seria aplicada na igreja cristã. Então, por uma questão de sobrevivência espiritual imposta pelo clero, muitos estão se submetendo a terríveis abusos espirituais e a uma absurda hipocrisia, para dar os frutos que agradem o ego de suas lideranças.
Não precisamos disso! Isso é uma tremenda heresia! Somos preciosos não pelo que somos capazes de produzir, mas sim pelo simples fato de sermos feito a imagem e semelhança de Deus! Nada do que façamos, irá fazer Deus nos amar mais do que Ele já nos ama.
A vida cristã é uma seqüencia de atos e conseqüências: Permanecemos em Jesus, conforme João 15, conseqüentemente somos preenchidos por Ele e por sua Palavra. Essa palavra nos transforma de dentro pra fora. Temos nosso caráter mudado, nossa mente renovada, nos tornamos cada vez mais parecidos com o Mestre. O fruto da nossa vida é apenas a seqüencia natural dos fatos. Nossas atitudes serão conformes as descritas em Gálatas 5:22 e 23. As pessoas ao nosso redor serão impactadas no convívio diário conosco. Não precisaremos de grandes esforços, basta sermos nós mesmos.
Será que o fruto da sua vida sacia a fome da humanidade? Será que hoje, o que você é como pessoa, aproxima os que estão a sua volta de Deus?
Qual é o seu fruto?