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domingo, 8 de janeiro de 2012

VIDA


A partir dos olhos infantis é compreendida com simplicidade, ternura e com boas doses de descompromisso. Todos são iguais independente dos bens, da cor, crença. É a utopia do mundo ideal tão sonhado pelos adultos.


Brigas e desavenças vem e vão na rapidez e talvez na intensidade de uma chuva de verão: num piscar de olhos amigos para sempre se tornam inimigos mortais e voltam a ser amigos para sempre.

Não existe muito espaço para ressentimentos e rancor. Para uma criança, poucas coisas tiram o brilho e o colorido da vida.


Porém crianças não entendem muita coisa sobre o mundo e a complexidade de viver, por isso muitos adultos tendem a optar pela ignorância afim de evitar a dor e o sofrimento. Isso adianta alguma coisa?


Como sabiamente disse
Isaac Asimov, se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los.


Ser adulto não é fácil, implica em enfrentar muitas dores. Crescer dói. Maturidade só vem quando paramos de fugir da vida e passamos a tratá-la com o devido cuidado, respeitando seus inúmeros mistérios.

É preciso admitir que não temos muitas respostas, que não sabemos de muitas coisas, que não entendemos um tanto de outras, que as pessoas são diferentes, que muitas coisas podem simplesmente não fazer ou ter o menor sentido. E sim, assumir nossas culpas, problemas, limitações, nossa própria finitude.


No mundo cor-de-rosa, as flores são de plástico.

Um comentário:

IANDERSON DE ALMEIDA disse...

Legal mano seu artigo!! Entendo que temos que aceitar a realidade da vida tal como ela é...