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domingo, 7 de junho de 2009

SOBRE A CRISE MUNDIAL


"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?

É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce? Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número.. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.


Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa?

O nosso almoço tá garantido mesmo...”

(texto recebido por email, supostamente escrito pelo diretor de criação de uma agência)

domingo, 31 de maio de 2009

Viúva Negra (parte V)


E assim, convencidos de que no céu só entram os merecedores (como se o céu fosse um tipo de medalha de honra ao mérito dos crentes), assassinamos nossos sonhos, projetos, chamados, vocações, família, amigos “não-gospel”, e por fim, nos suicidamos, para que viva em nós a religião pagã, ops... cristã.

E lá vai o povo de joelhos em mais um apelo, suplicando misericórdia perante o deus furioso que ensinam em alguns púlpitos. Não pregam a graça, porque a graça cancela o poder manipulador da culpa. Não pregam o amor incondicional de Deus, porque ele liberta de todo medo controlador.

A religião mata! Seja livre pela graça e o amor incondicional Daquele que É!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Viuva Negra (parte IV)

Quanto mais você pensa por si, mais carnal é, afinal de contas, crente tem que viver pela fé!

A religiosidade se coloca como porta voz de Deus, e assim é inquestionável e todos a devem obediência. Não há respeito, e sim medo, não há perdão e sim culpa.

Ela te convence a pensar que o teu chamado é o que mais convém a instituição religiosa e não o que de fato Deus te chamou. Ela ensina que se não cumprirmos suas regras a risca, somos rebeldes, filhos bastardos, malditos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Víuva - negra (parte III)

Sinceridade e religiosidade rimam, mas jamais convivem juntas. É impossível!

Não tem dialogo com a religiosidade, ela se impõe. Não tolera nada além de sua vontade sendo cumprida cega e irrestritamente. Claro que as coisas não se apresentam de forma bruta, tudo é mostrado da maneira mais “bíblica” possível.

A principio, muitos não conseguem se enquadrar no que ouvem, mas com o tempo se flagelam para se tornarem partes do grupo, membros do corpo, que é morto, mas não deixa de ser corpo.
O que vale não é o que você é, mas sim o que tem a oferecer, em outras palavras, você vale o que produz.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Viuva - Negra (parte II)

Travestida da maneira mais convincente e conveniente possível, contra toda suspeita, cheia da unção de Deus... Com vocês, a pregadora do culto de hoje: a RELIGIOSIDADE!

A religiosidade é bonitinha, cheirosinha, fofinha, santinha, é a rainha das aparências.
Desde sempre ela sussurra aos nossos ouvidos que não somos aceitos a não ser que entreguemos tudo e mais um pouco de nós mesmos para aplacar a fúria da divindade, que, diga-se de passagem, esta sempre de mau humor, é sádica, distante, fria, calculista, vingativa, necessita sempre de elogios por ter problemas de auto estima, enfim, perfeitamente descrita na imagem de um dos carros alegóricos da escola de samba Porto da Pedra: o barbudão com cara de poucos amigos.

Crescemos ouvindo tudo o que não podemos fazer, sabemos decor todas as proibições que cabem ao que chamam de vida cristã. Mas por que? Por que é proibido? Por que não pode?

A inflexibilidade da lei sufoca todas as explicações.

domingo, 10 de maio de 2009

Viúva - Negra (parte I)

Por todos os púlpitos do país - e por quê não dizer do mundo? – de domingo a domingo, pregadores exercem suas habilidades na arte de expor a Palavra de Deus às pessoas. Mas dentre tantos anônimos e famosos, destaca-se uma personalidade.

Vamos conversar um pouco sobre essa indesejada convidada, que é praticamente onipresente nas igrejas por aí. Ela se apresenta como manda o figurino: usa a sua melhor roupa em nome da excelência, mas também é descontraída quando trata-se de lugares menos formais, é capaz de usar piercings e tatuagens para atrair undergrounds, ou roupas simples para se identificar com os pobres.

Sem um rosto específico... Qual será seu nome?